Somente a prática supervisionada e muito estudo forma bons Grafólogos. Muitos mestres falam que a pessoa que passa um bom tempo fazendo entre 6 a 8 pareceres por dia e supervisionados tem chances de se tornar um profissional eficaz.
Foi o que aconteceu comigo. Embora tenha começado a fazer cursos quando ainda trabalhava em empresas, a frente de seleção ou desenvolvimento sempre terceirizei a elaboração do perfil grafológico, pois nestes setores do RH há muita demanda, o que não permite o tempo necessário para as análises. Tive o privilégio de ter como fornecedores a própria Dra. Odete, uma das precursoras da Grafologia no Brasil e a Nanci Fernandes, uma mestre primorosa da Grafologia que até hoje tem em São Paulo a Phenomena, referência na área. Aliás foi dela que recebi convite para trabalhar quando fui desligada da última industria na qual estive.
Na ocasião a Grafologia estava no auge, e o setor bancário, antes das fusões era muito competitivo e demandava muito trabalho. Além da área comercial dos bancos, fazíamos a área da segurança dos executivos, que era muito interessante. Enfim a diversidade de clientes e a multiplicidade de competências pesquisadas foi para mim uma oportunidade excelente de desenvolver diferentes percepções, sem nunca parar de fazer cursos e estudar diversos autores. Ao sair desta consultoria havia uma competição saudável entre as grafólogas e a média da equipe era entre 10 a 12 laudos cada uma por dia. Era muito divertido.
É importante ressaltar que existem pessoas que tem mais facilidade que outras para este aprendizado e prática. Por isto acho interessante que a pessoa faça um curso básico de curta duração para ter os primeiros contatos com a técnica e ter uma ideia se realmente tem aptidão para este aprendizado.
Grafologia em Sorocaba
quarta-feira, 11 de abril de 2018
Aplicações do Estudo Grafológico
São inúmeras as aplicações da Grafologia, que vão desde o autoconhecimento até a definição de perfil para seleção na admissão de um novo colaborador. Também é empregada em processos de Coaching, para orientar performances e gaps que o sujeito tenha a trabalhar para a progressão na sua carreira.
Como autoconhecimento pode favorecer muito no desenvolvimento de aspectos que possam melhorar as relações de um modo geral, sendo também uma ferramenta que ajuda muito na Orientação Vocacional.
Eu costumo utilizar também como uma pré atividade em programas de Treinamento, pois conhecendo melhor o público pode-se ajustar melhor a metodologia a ser utilizadas e como sensibilizar de maneira mais eficaz as pessoas em relação ao conteúdo.
Na realidade quando o Grafólogo tem intimidade com a técnica, devido a estudo e a prática, a gente costuma observar naturalmente a letra de quem temos contato, quando há material disponível, não para avaliar, mas para saber como se dirigir aos outros. Em reuniões ou em negociações é muito interessante, para ajustar a abordagem.
Em todos os relacionamentos que inicio eu costumo dar uma olhada na letra da pessoa. Tenho que confessar que nas poucas vezes em que desprezei uma percepção que poderia ter sido um alerta, acabei por me arrepender...ers....desta forma confio demais na Grafologia.
É também uma técnica que "conversa" com todas as outras ferramentas, inclusive os inventários informatizados, uma vez lógico que você conheça a matriz dos mesmos, em qual base teórica foram formulados.
Como autoconhecimento pode favorecer muito no desenvolvimento de aspectos que possam melhorar as relações de um modo geral, sendo também uma ferramenta que ajuda muito na Orientação Vocacional.
Eu costumo utilizar também como uma pré atividade em programas de Treinamento, pois conhecendo melhor o público pode-se ajustar melhor a metodologia a ser utilizadas e como sensibilizar de maneira mais eficaz as pessoas em relação ao conteúdo.
Na realidade quando o Grafólogo tem intimidade com a técnica, devido a estudo e a prática, a gente costuma observar naturalmente a letra de quem temos contato, quando há material disponível, não para avaliar, mas para saber como se dirigir aos outros. Em reuniões ou em negociações é muito interessante, para ajustar a abordagem.
Em todos os relacionamentos que inicio eu costumo dar uma olhada na letra da pessoa. Tenho que confessar que nas poucas vezes em que desprezei uma percepção que poderia ter sido um alerta, acabei por me arrepender...ers....desta forma confio demais na Grafologia.
É também uma técnica que "conversa" com todas as outras ferramentas, inclusive os inventários informatizados, uma vez lógico que você conheça a matriz dos mesmos, em qual base teórica foram formulados.
terça-feira, 10 de abril de 2018
O Grafólogo - Ética e Metodologia
A primeira
característica necessária
a um Grafólogo
é a humildade para
reconhecer que
cada letra
que analisa é um
novo desafio que se apresenta ao seu
conhecimento e sua
sensibilidade. Os maiores
mestres na Grafologia
são pessoas
humildes e generosas.
Assim, escreve Odete S. Loevy e Cacilda C.
dos Santos em
seu livro
“Grafologia”: “...acima de tudo são requeridos
obviamente, conhecimento da matéria, da Grafologia
e treino. O grafólogo
deve ter espírito
observador e atento.
Depois, é necessário
que, ao se dispor
a fazer uma análise,
antes do mais
coloque de lado seus
próprios gostos
e seus preconceitos,
procurando fazer-se neutro e vazio, a fim de
tornar-se receptivo e poder
sentir e compreender o que a escrita
esteja dizendo. Assim, no sentido de chegar a essa compreensão, é preciso
que seja pessoa
amadurecida, que se conheça em certa medida, senão problemas seus
poderão ser transferidos para
interpretação do material.
Exercer a Grafologia
exige um autoconhecimento
cada vez
maior e exige, também
certa sensibilidade
para percepção
de dados psicológicos
que a grafia
lhe possa apresentar.”
“...O grafólogo deve considerar a escrita,
acima de tudo,
como um
amplo panorama
que se descortina
diante de seus
olhos, enquanto
o estuda com
toda imparcialidade...”
“Só a intuição do grafólogo, seu conhecimento das pessoas,
suas aptidões
psicológicas e seu amor
ao próximo lhe
permitem sintonizar-se com o ambiente e a intimidade
do indivíduo que
é o objeto do estudo.”
“... sob o impulso do intelecto
e dos estados de alma,
a caneta forma
as letras, seguindo os meandros do caráter,
das aspirações, dos conhecimentos
da pessoa que
escreve....”
“A
letra é um
ser vivo: é o
reflexo do pensamento
e do psiquismo do indivíduo,
daquilo que compõe o seu Eu e o seu Ser Superior.”
“O
papel sobre o
qual ela
é traçada constitui a sua atmosfera."
“A
linha é a sociedade:
são os outros.
A forma da letra
em contato
com a linha
fornece o tom do relacionamento do indivíduo com o
seu próximo.
A
caneta é o alimento
da letra.”
segunda-feira, 9 de abril de 2018
Condições para aplicação
O sujeito deverá acomodar-se
numa mesa ou
carteira tipo escolar adequada, tomando-se os cuidados de estar com os braços
apoiados. Caso a dominância
do mesmo seja esquerda,
fornecer carteira
apropriada ou
colocá-lo para escrever
numa mesa.
Fornecer 3 folhas
de papel sulfite branca
e sem linhas.
O mais indicado é a folha
de gramatura comum, 75g/m2 , para ser possível
avaliar a pressão da escrita. Instruir para que não seja usado o verso
da folha. O sujeito escreve
numa folha e usa
as demais como
apoio. Não
deve utilizar-se de apoios adicionais, réguas
ou folhas
pautadas embaixo.
Deverá utilizar-se de
caneta BIC cristal,
de preferência azul. Embora a esferográfica
BIC esteja com a qualidade
bastante prejudicada ultimamente, é a que conseguimos obter um padrão. Cabe
ao aplicador verificar, ao fornecer
a caneta, se está com
algum vazamento e descartar
aquelas que não
estejam adequadas.
Fornecer a instrução
para o sujeito
elaborar uma redação
com tema
livre. O texto
deve ter no mínimo 20 linhas, escrito
com a letra
que normalmente
escreve. Assinar no final,
escrevendo abaixo em
letra legível,
o nome, idade,
escolaridade.
Podem-se utilizar temas específicos.
Mas o foco é a escrita. Se ele quiser contar uma história, narrar uma notícia ou até mesmo fazer uma cópia não há problema.
O ideal é que faça o texto
em letra
cursiva, mas não forçar o sujeito, a nenhuma condição.
Atentar para o fato de que, como qualquer aplicação, devemos ter um padrão e quanto mais este padrão estiver assegurado, melhor
para a posterior
avaliação.
Deve ser também
observada a condição em que o sujeito fez a redação.
As condições fisiológicas, quanto ao sono,
fadiga, frio
e/ou fome,
que podem resultar
em tremores,
importantes para
o resultado final.
É importante também
saber se o candidato
faz uso contínuo
de alguma medicação.
Poderá
fazer um rascunho, mas deve
entrega-lo também.
Um breve histórico sobre a Grafologia
A Grafologia
é uma ciência moderna,
e embora alguns
autores atribuam conteúdos
relacionados à grafia desde Aristóteles, o primeiro
livro sobre
esta ciência data
de 1622, sendo seu autor
Camilo Baldo, professor da Universidadede Bolonha. Em 1792 Grohman, publica um livro que relaciona o grafismo à constituição
do corpo, voz,
a cor dos cabelos
e dos olhos.
Em 1875
o padre Michon, um
abade francês,
publicou, em colaboração
com Desbarrolles, o primeiro
sistema completo
de Grafologia. Um
longo e minucioso
trabalho que
se tornou valioso para o estudo da Grafologia
atual. Ele
dizia que “toda escrita,
como toda
linguagem, é a imediata
manifestação do ser
íntimo, intelectual
e moral”.
Um desentendimento
entre os dois,
sobre quem
teria criado a Grafologia,
os separa, e em 1871, Michon funda a “Société de Graphologie” e o jornal “La Graphologie.
Anos depois,
Crepiex-Jamin imprime à nova ciência um verdadeiro valor
científico, atribuindo o sentido de superioridade e
inferioridade, o que lhe vale o título de mestre
da Grafologia clássica
francesa.
Por volta
de 1900, o filósofo alemão Klages, cria sua própria escola,
introduzindo as teorias dos dois franceses, suas concepções filosóficas sobre
o antagonismo entre
alma e espírito.
Cria o sentido
positivo e negativo,
introduz o ritmo da escrita,
entre outros
conceitos, criando a Sociedade
Alemã.
Um dos maiores
gênios da grafologia,
Max Pulver, foi o primeiro a introduzir
a Psicanálise na Grafologia.
Integrando as contribuições
de cada autor,
fala-se que Michon foi o iniciador geral,
Crepieux-Jamin o ordenador,
Klages o introdutor de novos horizontes
psicológicos e Pulver reuniu as contribuições
dos três anteriores.
Diz-se que Pulver possui a intuição de Michon, a construção sistemática de Crepieux-Jamin e a sensibilidade
simbólica de Klages.
O quinto mestre da Grafologia
foi o padre Italiano Girolamo Moretti,
coloca a escola italiana a altura das outras. Marco
Marchesan, outro italiano criou uma filosofia singular
em torno
dos sinais grafológicos.
Na Bélgica, destaca-se Ana
Maria Cobbaert, com o livro “Segredos
da Grafologia”. Na Espanha, Augusto
Vels, Maurício Xandró, Matilde e Silvia Ras e Vila
Verde. Na Argentina, J. Balandras, Honroth, Riviera e Maria Elina
Echeverria. Ainda na França, E. Solange Pellat, Helena Saint-Morand, Suzane Bressard, J. C.
Gillemaisani, Roseline Crepy e os médicos
Rougemant, Streletsky e F. Bayle. Há muitos outros contemporênos, que vão somnado mais à ciência e agregando as transformações da sociedade.
No Brasil foi editado em
1900 o primeiro livro
“A Grafologia em
Medicina Legal”,
escrito pelo médico José de A Costa
Pinto. Em
seguida também
editaram seus livros
Frederico Kosin, Bettina Katzenstein-Shaenfeldt, Edson Bellintani, Rose Mehlich
e outros. Em 1979 fundou-se em
São Paulo a Sociedade
Brasileira de Grafologia,
SOBRAG, tendo como presidente
o médico psiquiatra
Julio Gouveia. Em 1987, a vice-presidente da SOBRAG,
Odete Serpa Loevy, com Cacilda Cuba dos Santos
publicam o livro “Grafologia”.
O mestre brasileiro Paulo Sergio de Camargo é hoje quem mais produz conteúdo entre nós, trazendo para tudo o que sempre tudo o que há de mais moderno no mundo sobre esta ciência.
Ciência e Paixão
Sou Psicóloga desde 84 e toda a minha formação foi de base analítica. Logo que me formei trabalhei em clinica atendendo em consultório com crianças e adultos, trabalhei com deficientes intelectuais, crianças de rua, enfim várias questões que envolvem o humano, sempre estudando muito, fazendo supervisão e a minha própria terapia. Assim minha base de conhecimentos foi consolidando, até que em 90 migrei para a área de Recursos Humanos. O gerente da empresa que me contratou queria alguém que conhecesse mais de pessoas do que de sistemas em RH, o que ele achava mais fácil de ensinar. Diante deste desafio, fui procurando técnicas que pudesse agregar ao que eu já conhecia, que eram técnicas projetivas para compor perfil comportamental. Foi então que me deparei com a Grafologia, e me apaixonei completamente. Fiz o primeiro curso no mesmo ano, em 90 e nunca mais parei. Tive mestres sensacionais e, mais tarde, trabalhando numa multinacional, tive a honra de ser cliente da Dra. Odette Serpa Loevy, uma das precursoras da Grafologia no Brasil. Já era velhinha, mas os contatos com ela eram sempre oportunidades de aprendizado e ela era grande incentivadora de novos grafólogos, sempre com palavras doces e conselhos utilíssimos. Posso dizer que desde então a Grafologia tem sido uma grande aliada, um diferencial através do qual obtive várias conquistas. Desde em negociações difíceis, uma espiada na letra do cliente...ers..., até ajudar a promover o desenvolvimento de pessoas ou evitar contratações inadequadas. Quero ser capaz de semear novos campos...estimular pessoas a conhecer, estudar e utilizar esta técnica, fazendo a diferença, principalmente na minha cidade Sorocaba e região.
A Grafologia
A Grafologia é uma ciência que estuda a personalidade da pessoa, tendo como objeto de a sua letra. É um método seguro, desde que praticado por um Grafólogo com experiência, e isto requer muito tempo de prática e estudo. Também consegue oferecer dados sobre o caráter da pessoa, uma das pouquíssimas técnicas para isto. Existem padrões para coletar as amostras para análise, que precisam ser seguidos para que esteja validado para prosseguirmos com a análise. Porém o fato de exigir como material apenas algumas folhas e caneta esferográfica, tornou a Grafologia um método perseguido pelas editoras de teste e o próprio Conselho Regional de Psicologia. Assim em alguns locais não é considerada para efeito de definição de perfil psicológico. Mas eu sempre falo que a Grafologia não precisa dos Conselhos, aliás nem mesmo a Psicologia, uma vez que fazem tão pouco pela profissão. O Conselho apenas regulamenta a atuação de profissional com um código de ética. Um Grafólogo para assinar um perfil e se responsabilizar por ele não precisa ser um Psicólogo, mas precisará conhecer muito também desta ciência. Existe um processo de regulamentação da profissão de Grafólogo em trâmite no Congresso Nacional, e é bastante estranho que até mesmo o Heike já tenha sido aprovado como profissão e ainda estejamos aguardando. Também temos a SOBRAG, Sociedade Brasileira de Grafologia, que embora tenha tido uma base sólida, fundada pela Dra. Odete Serpa Loevy, passou de alguns anos para cá a ser administrada por algumas pessoas que se mantém distantes e sem qualquer atividade. Mas temos um código de ética também, que nos orienta. Mais recentemente, fui sócia fundadora da ABRACE, Associação Brasileira da Ciência da Escrita. Há uma bibliografia vastíssima da qual falarei em seguida, bem como sobre as aplicações da Grafologia.
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